Projeto Peixes do Lagamar
Empreendimentos solidários associados à visitação em áreas protegidas
NEGÓCIOS
ASSOCIADOSÀ CONSERVAÇÃO
Período
Outubro de 2016 a outubro de 2018
Localização
Cananéia, SP
Parceiros
Associação da Comunidade Remanescente de Quilombo da Reserva Extrativista do Mandira
Sítio Rio das Minas
UNESP – Campus Registro
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O Projeto Peixes do Lagamar é uma parceria entre pesquisadores da UNESP - Campus Registro, sitiantes localizados próximos ao Rio das Minas e a Associação do Quilombo do Mandira, com apoio do Instituto Linha D’Água, e teve início em outubro de 2016.
A região do Lagamar de Cananéia, no litoral sul de São Paulo, possui rios e riachos com potencial para atividades de mergulho livre guiado. Para estruturar e implementar essa prática com o menor impacto ambiental possível, a comunidade e os pesquisadores da universidade se uniram para desenvolver um projeto conectando ciência e turismo de base comunitária.
O projeto desenvolvido seguiu três etapas, focando seus esforços nas regiões dos rios das Minas e do Mandira, e nos poços e remansos próximos às cachoeiras desses rios.
Em um primeiro momento, foi feito o diagnóstico da fauna aquática e de seus ecossistemas, identificando as espécies que poderiam ser afetadas com as novas atividades, e elencando soluções para minimizar essas alterações.
Em seguida, os guias locais passaram por um processo de formação, recebendo informações sobre o cuidado com as áreas protegidas e como orientar os turistas para o melhor aproveitamento do mergulho e contribuir com a conservação desses locais.
Por fim, um material didático com instruções de boas práticas e indicações dos roteiros de turismo subaquático no Lagamar de Cananéia foi produzido para ser distribuído a guias, turistas e demais interessados.
Após essas etapas iniciais de formação de base e articulação local, desenvolveram-se estudos de capacidade de suporte dos locais de mergulho para entender a limitação de circulação de pessoas, e uma nova etapa formativa foi realizada para instaurar um monitoramento participativo dessas áreas.
Ao final dessas fases, o Turismo de Base Comunitária da região pode ser aprimorado, incluindo os agentes locais nas ações, e foram instauradas novas opções para o Uso Público das Áreas Protegidas onde as atividades passaram a ser desenvolvidas.
Em complemento, é esperado que o projeto também possa contribuir diminuindo a distância entre sociedade e academia, numa ajuda mútua, e que as atividades de mergulho contemplativo de mínimo impacto proporcionem o contato com animais até então inacessíveis.